PARA INÍCIO DE CONVERSA

Gostaria de começar as discussões no meu blog, justificando a escolha do painel de fundo. Não sei se os leitores deste texto sabem, mas o nome deste painel é “viagem”. Assim ao abri-lo e encontrar as figuras que o compõem não pude deixar de pensar, que neste momento, em que estou cursando uma pós-graduação a distância em Metodologias e Gestão da Educação a Distância, estudando e aprendendo sobre a história e as gerações do Ead, este painel se encaixava perfeitamente como pano de fundo de um momento passado da comunicação e também da segunda geração do Ensino a Distância, que se caracterizava pela utilização das mídias como televisão, rádio, fitas de áudio e vídeo e telefone.

Na pintura podemos perceber uma televisão, por sinal, um modelo bem antigo, e o telefone então nem se fala, mas até bem pouco tempo atrás estes eram os equipamentos que permitiam a comunicação, a troca de informações, isto é, falar com quem estava distante de nós, ver e escutar os acontecimentos do mundo. Entretanto, com as mudanças ocorridas nos últimos 20 anos e o incrível avanço das tecnologias e dos meios de comunicação, cada vez mais rápidas e integradas, percebemos que nada mais será como antes.

Com uso intensivo das novas TICs, as tecnologia da informação e comunicação, em todos os setores e atividades da sociedade, passamos a viver em uma sociedade mundial interconectada de forma global e em tempo real, e assim, com a imensa expansão de dados e informações, somos desafiados a passar da sociedade da informação para a sociedade do conhecimento, impondo a educação permanente e continuada.

Diante desta necessidade de aprendizagem contínua e com o crescimento explosivo da internet, criações como o e-mail, chat, fóruns, comunidades virtuais revolucionam os relacionamentos humanos e marcam uma nova fase do Ensino a distância.

Na aula dois (2) da pós-graduação fomos levamos, pelo professor Mattar, a uma viagem pela história do Ead, do curso por correspondência ao EaD on line e ao término desta viagem, ficou a sensação de ser parte integrante desta história, pois como aluna, vivencie todos estes momentos.

Para que o leitor possa entender melhor está minha identificação com a evolução do EaD, tomo a liberdade de contar um pouco da minha experiência como aluna na educação a distância. Quando vim morar no Mato Grosso, no ano de 1982, a questão da comunicação era bem complicada, imaginem que para poder falar com minha mãe, que morava em SP, eu precisava usar um rádio, pois na fazenda não existia telefone. Mas, o tempo foi passando e quanta coisa mudou, as novas tecnologias possibilitaram a comunicação mais rápida e com o mundo, além de nos oferecerem oportunidades maravilhosos de crescimento e conhecimento. Então, em 2009, cursei a pós-graduação em Supervisão Escolar oferecida pela UFRJ à distância, só que naquela época, todo o material impresso era enviado pelo correio, as dúvidas eram tiradas com os professores por fax ou telefone e as provas presencias eram feitas nas instalações do 18º. Grupo de Artilharia de Campanha (GAC) de Rondonópolis.

Sempre em busca de novos cursos e de aprendizagem fiz alguns cursos livres via internet na Fundação Getulio Vargas e pude sentir que a apropriação de novas mídias e novas tecnologias de informação e comunicação, proporcionaram novas potencialidades no cenário do EaD e também novos desafios tanto para os professores como também para os alunos.

No ano passado cursei uma pós-graduação oferecida pela Anhanguera Educacional em Metodologia do Ensino Superior e no começo de 2011 fiz um curso sobre Gestão de Resíduos Sólidos pelo CENED, ambos totalmente a distância, além de três cursos de formação para tutores.

Hoje, além de professora no curso presencial, desde 2010, tenho a oportunidade de ser tutora de algumas disciplinas oferecidas à distância e agora, aqui estou eu fazendo este novo curso de pós em Metodologias e Gestão para a Educação a distância. E não só com as leituras do material do módulo I, mas principalmente, seguindo os blogs que tratam de temas relacionados a EaD, tarefa Desafio de Aprendizagem do curso, muito bem elaborado pelo professor autor João Mattar, é que pude sentir os grandes desafios que ainda teremos que enfrentar na busca de ensinar e aprender com qualidade.

Mas, não adianta temer, ou estagnar diante do novo, do diferente, pois ao abraçarmos a vida como professores já sabíamos que fazer educação exigiria aprendizagem contínua, e se antes da tecnologia isto já era fundamental, hoje com o desenvolvimento das novas formas de comunicação transversais, interativas e cooperativas, em tempos de cibercultura, além do conhecimento sobre as novas tecnologias, será necessário que o professor entenda como integrar tudo isto na sua prática pedagógica.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

INTERAÇÕES PEDAGÓGICAS NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA – A IMPORTÂNCIA DO PROFESSOR/TUTOR E DO DESENHO PEDAGÓGICO

RESUMO
A terceira geração da Educação a Distância, mais conhecida como EaD on-line, surge com a internet e a utilização dos computadores, novas tecnologias que oportunizam maior interativa e conseqüentemente a criação de novos espaços de aprendizagem e construção do conhecimento de forma colaborativa. Entretanto, a construção do conhecimento de forma colaborativa exige a participação ativa dos estudantes através da comunicação, interação e diálogo tanto com os outros alunos como também com o professor e com os materiais didáticos. Desta forma, percebe-se que a produtividade e qualidade de ensino e de aprendizagem de um curso a distância está intimamente ligada ao planejamento cuidadoso do desenho pedagógico do curso e da figura de um professor que entenda seu papel como mediador e orientador da construção do conhecimento do aluno.
Palavras chave: Qualidade em EAD; desenho pedagógico; mediação pedagógica; satisfação dos estudantes

INTRODUÇÃO
No documento Referências de Qualidade para Educação Superior a Distância elaborado pelo MEC (2007, pg. 10) vale destacar “tendo o aluno como centro do processo educacional, um dos pilares para garantir à qualidade de um curso a distância é a interatividade entre professores, tutores e alunos”. Dentro desta perspectiva, este artigo busca mostrar a importância não só do planejamento de um desenho pedagógico interativo que possibilite o diálogo, a participação e a interação entre docentes e discentes, como também a função mediadora do professor, postura fundamental na Educação a Distância de qualidade, pois é através dela que o educador orientará e auxiliará os alunos na assimilação e produção de conhecimento.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
É unânime a idéia de que as novas TICs trouxeram novas perspectivas para a educação a distância, pois a evolução dos suportes tecnológicos possibilitaram a criação de ambientes virtuais de aprendizagem cada vez mais interativos que possibilitam novas formas de aprender mas que também exigem novas competências tanto dos alunos como também dos professores. Conforme alerta Roesler (2011, pg. 14)
A educação a distância transforma não só a gestão dos processos, mas também os papéis dos que ensinam e dos que aprendem, pois a autogestão do ensino e da aprendizagem se consolida como prática pautada na interlocução e na convivência com o outro, como meios para um aprender autônomo, seja de forma individual ou coletiva. A convivência com o outro perpassa por uma interação com os sujeitos integrantes do processo de ensino que a instituição desenvolveu para o constituir, no sentido literal da palavra, uma “Comunidade de Aprendizagem”.
Dentro desta proposta educacional mais interativa, nos ambientes virtuais de aprendizagem a comunicação é fundamental, já que o conhecimento é construído a partir do diálogo, das trocas, da participação e intervenção de todos. E a comunicação acontece através das mediações, tanto tecnológica como a humana que serão estabelecidas de acordo com a escolha do desenho pedagógico do curso. Sartori e Roesler (apud Roesler, 2011, p. 13) definem desenho pedagógico como:
aquele que diz respeito à definição dos objetivos educacionais; à concepção curricular; a escolha das mídias educativas e de comunicação que serão colocadas à disposição de estudantes e de docentes/tutores; a concepção e execução dos materiais didáticos; a definição da metodologia de ensino; à concepção dos sistemas de avaliação; à elaboração da dinâmica do atendimento tutorial ao aluno; e às relações dos estudantes entre si.
A partir desta definição podemos perceber a importância do planejamento do desenho pedagógico, já que é a partir dele que serão definidos os aspectos epistemológicos, pedagógicos, organizacionais e tecnológicos do curso e estes é que nortearão e facilitarão as práticas pedagógicas e as interações professor/aluno e objeto do conhecimento.
Entretanto, convém destacar que mesmo com ambientes virtuais criativos, motivadores e interativos, a tecnologia por si só não garantirá a qualidade do ensino. É fundamental a presença do professor/tutor mediador. É o professor/tutor que ajudará o aluno a manter-se motivado, interessado nos estudos. É ele, ainda, quem promove a interação e o relacionamento entre os participantes. Conforme destaca IULBRICHT et al (2006, p. 4)

Como mediador, o professor atua como intérprete do curso junto ao aluno, esclarecendo dúvidas, estimulando-o a prosseguir e ao mesmo tempo participando da avaliação da aprendizagem, possuindo uma prática política educativa, formativa e mediada.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Podemos concluir que é através do desenho pedagógico de um curso a distância que todo conteúdo de aprendizagem, materiais didáticos, mídias e propostas de trabalho serão definidas, assim é importantíssimo que a instituição faça um planejamento cuidadoso e defina um modelo que contemple o potencial pedagógico, comunicacional e tecnológico de forma a maximizar as interações tanto humanas como também tecnológicas, isto é, as interações entre aluno/aluno; aluno/professores-tutores, aluno/conteúdo e professor-tutor/aluno, garantindo a aprendizagem num movimento contínuo e dinâmico.

Outra questão de vital importância para uma EAD de qualidade é o papel do mediador docente, profissional preocupado com a interatividade e com o processo dialógico, que buscará incentivar e provocar o aluno a ser sujeito de sua aprendizagem. Com efeito, o professor/tutor deverá assumir o papel de articulador, facilitar e orientador de mediações proporcionando aos alunos as oportunidades dos mesmos construírem seus conhecimentos.

BIBLIOGRAFIA

IULBRICHT et al. Perspecitvas da Mediação Pedagógica e da Transposição Didática em Educação a Distância. Disponível em < http://www.iadis.net/dl/final_uploads/200607C047.pdf>. Acesso em: 14 out. 2011 - ISBN: 972-8924-20-8 © 2006 IADIS

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. REFERENCIAIS DE QUALIDADE PARA EDUCAÇÃO SUPERIOR A DISTÂNCIA. 2007. Disponível em < http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/legislacao/refead1.pdf>. Acesso em 11 de outubro de 2011.
ROESLER, J. Comunicação, Socialidade e Educação on-line. Tese (Doutorado em Comunicação Social). Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Porto Alegre. 2009. Disponível em: http://tede.pucrs.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1694. Acesso em 11 de outubro de 2011.

___________. Os parâmetros legais para uma educação a distância de qualidade, 2011.

PANORAMA DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO BRASIL

INTRODUÇÃO

Antes de começarmos nossa viagem pelos caminhos percorridos pela Educação a Distância no Brasil, percebemos ser essencial, primeiramente, determinarmos um conceito de Educação a distância que irá guiar a nossa pesquisa, pois quem se dispuser a estudar profundamente sobre o assunto, com certeza, encontrará uma infinidade de conceitos e definições. Escolhemos para este texto a definição dada a esta modalidade de ensino pelo artigo 1º. do Decreto Lei no. 5.622/2005, que regulamenta a EaD no Brasil:

caracteriza-se a educação a distância como modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos. (BRASIL, 2005).

Tendo como base este conceito, podemos afirmar que a Educação a Distância acontece quando professor e alunos desenvolvem atividades educativas estando separados fisicamente e a mediação didática-pedagógica se faz através da utilização dos meios de comunicação. Desta forma, descobrimos que a EaD se originou com ensino por correspondência, quando através da comunicação escrita, entre professor e aluno acontecia a aprendizagem. Portanto, ao longo deste estudo iremos perceber que o avanço e as inovações nas telecomunicações e na informática, não só marcaram a evolução da Educação a distância, como também trouxeram novos desafios pedagógicos para as escolas e universidades, pois conforme alerta Moran (2011, pg. 4)

Numa sociedade cada vez mais conectada, ensinar e aprender podem ser feitos de forma muito mais flexível, ativa e focada no ritmo de cada um. As tecnologias móveis desafiam as instituições a sair do ensino tradicional, em que o professor é o centro, para uma aprendizagem mais participativa e integrada, com momentos presenciais e outros a distância, mantendo vínculos pessoais e afetivos, estando juntos conectados.

Sendo assim, para responder às demandas atuais da sociedade do conhecimento a educação necessita rever aspectos fundamentais dos seus fundamentos teórico-metodológicos e consequentemente “a educação a distância está se transformando, de uma modalidade complementar ou especial para situações específicas, em referência para uma mudança profunda na educação como um todo” (Moran, 2011)


HISTÓRICO
Pesquisando a evolução histórica da EaD no Brasil constatamos que a modalidade de ensino por correspondência aparece timidamente em 1904, ofertado por instituições privadas que ofereciam cursos profissionalizantes em áreas técnicas, sem exigência de escolarização anterior e se consolida concretamente com o início das atividades do Instituto Monitor (1934) e com o Instituto Universal Brasileiro (1939), sediado em São Paulo, com filiais no Rio de Janeiro e Brasília, oferecendo cursos de nível elementar e técnico por correspondência. O UIB formou milhões de pessoas e ainda hoje, possui dezenas de milhares de alunos.
Já, em ações de educação a distância através do rádio, devemos destacar a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, fundada por Roquete- Pinto (1922-1925), num plano sistemático de utilização educacional da radiodifusão como forma de ampliar o acesso à educação. Marques (2004) relata que em 1947 o Senac e o Sesc com a colaboração de emissoras associadas, criaram a Nova Universidade do AR, cujo objetivo era oferecer cursos comerciais radiofônicos. A Universidade do Ar durou até 1961, mas a experiência do SENAC com EaD continua até hoje.
Com o advento da televisão no Brasil (década de 50), um meio de comunicação que combina audição, visão e emoção e desta forma facilita a aprendizagem do aluno, surgiram novas chances de transmitir conhecimento através da oferta de cursos a distância no modelo de tele educação, com aulas via satélite e complementadas com material impresso. Neste período cabe destacar o projetos como, Saci (1967), Projeto Minerva (1970), que capacitavam professores com formação apenas em magistério, e os telecursos como Teleducação ou Telecurso ofertados pela Fundação Roberto Marino, programas de educação supletiva a distância para 1º. e 2º. Graus. Em 2006, o nome do curso passou a ser Novo Telecurso e utiliza, até os dias atuais, além dos livros, vídeos e transmissão por televisão.
Mas, com as mudanças ocorridas nos últimos trinta anos, novos meios de comunicação entram para o cenário da educação, videocassetes, videodiscos, DVD (Digital Vídeo Disc) e a Tecnologia da infomação (TI) com os computadores pessoais e a Internet, impactando de forma definitiva as instituições e as estruturas de educação.
Conforme explica Brennand (2002, pg.4)
A informática permitiu o nascimento do cyberspace. Este novo movimento social que aglutina o mundo virtual vivo, heterogêneo e intotalizável de novas formas de comunicação interativa, recíproca, comunitária e intercomunitária (LÉVY, 1977). Diferentemente das tecnologias da comunicação como a imprensa, a TV , o telefone, o fax, o ciberespaço encarna um dispositivo original permitindo ao mesmo tempo a reciprocidade na comunicação e o compartilhamento de contextos.

Merece destaque nesta época, o programa Salto para o Futuro, canal educativo da Secretaria de Educação a Distância do Ministério da Educação como um marco na EaD nacional. Criado em 1991, o programa é interativo e utiliza diferentes mídias, como televisão, fax, telefone, material impresso e internet no debate de questões relacionadas à prática pedagógica e à pesquisa no campo da educação. Este se tornou referência para professores e educadores de todo o país.

Neste turbilhão de inovações voltadas para a tecnologias da informação e comunicação (TICs) se abrem fantásticas possibilidades educacionais e a EaD começa a se destacar enquanto modalidade de educação, atendendo aos anseios da democratização e universalização do ensino e a atualização permanente de conhecimento. Por conseguinte, uma série de opções de estudo on-line foram criadas com base em diferentes modelos e plataformas. Segundo relata Moran (2011, pg. 07) “Hoje, há muitas opções diferentes de estudos on-line e caminhamos para termos ainda o on-line com muitas mais opções audiovisuais, interativas, fáceis de acessar e gerenciar e a custos bastante baixos.”

A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR

Segundo Mattar (2011) o início da oferta de cursos superiores a distância, com uso de material impresso surge no Brasil, timidamente, em 1994 e toma impulso em 1996, com promulgação a Lei no. 9394/96 que inclui a Educação a Distância como integrante do sistema de educação formal, mas, foi apenas em 1998 com os Decretos no. 2.494 e 2.561 e a Portaria no. 301 é que são criados os procedimentos que deveriam ser adotados pelas instituições para obter o credenciamento do MEC para a oferta de cursos de graduação a distância.

A LDBEN/1996, também trazia em seu texto, a exigência do terceiro grau para todos os professores contratados para trabalhar no Ensino fundamental e Médio, desta forma, era preponderante neste período a presença de universidades públicas entre as instituições de Ensino superior credenciadas pelo MEC para EAD com cursos voltados para certificação de professores. Entretanto, segundo Segenreich (2009, pg. 02)

....enquanto se aguardava uma nova regulamentação, o número de instituições credenciadas para EAD cresceu 350% e os cursos de graduação a distância cresceram 310%. É importante registrar ainda que, mais precisamente em 2004, a oferta de vagas passou a ser, nesses cursos, predominantemente situada no setor privado. Finalmente, essa modalidade de ensino teve sua Regulamentação Geral aprovada pelo Decreto n. 5.622, de 19 de dezembro de 2005 (Brasil, 2005a), atendendo ao prescrito no Art. 80 da LDBEN/1996. Nessa regulamentação está englobada e sistematizada a maioria dos documentos legais emitidos desde a promulgação da LDBEN, com exceção da abertura à oferta de disciplinas semipresenciais ou a distância nos cursos regulares presenciais já reconhecidos pelo MEC.
É necessário destacar que em 2006, através do Decreto 5.800 foi instituída a Universidade Aberta do Brasil, um sistema integrado por universidades públicas que oferece cursos de nível superior, principalmente na área de formação de professores, para camadas da população que têm dificuldade de acesso à formação universitária, por meio do uso da metodologia da educação a distância.
Em 2011 foi extinta a Secretaria de Educação a Distância (SEEd) e suas funções foram encampadas pela Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior.
CONCLUSÃO
Esta pequena e rápida viagem pela história da Educação a Distância no Brasil confirma a nossa suposição inicial de que esta modalidade de educação, além de ser uma alternativa para atender as exigências da educação ao longo da vida, também é uma boa opção para quem busca uma graduação ou especialização.
Segundo o Censo Ead.br, em 2008, 2,64 milhões de brasileiros estudaram por Educação a Distância. O MEC divulgou uma estimativa de crescimento do número de alunos e de instituições de educação a distância no ano de 2008, com base em uma supervisão realizada em todo o país, segundo os dados colhidos havia 760.599 alunos de graduação a distância em 2008 e 145 instituições de ensino superior (IES).
A EaD entrou na agenda nacional através de vários debates fomentados principalmente pela Associação Brasileira de Educação a Distância, sociedade científica, criada em 1995, por um grupo de educadores interessados em educação a distância e em novas tecnologias de aprendizagem.
Entretanto, a instituição que pretende atuar nesta área, deve fazer um sério planejamento, pois além comprovar sustentabilidade financeira para tal, também deverá atender os parâmetros de qualidade (pedagógicos, administrativos ou acadêmicos ) instituídos pelos MEC através do documento Referencias de Qualidade para Educação Superior a Distância. Pois, conforme pontua Roesler (2011, pg 13)
Com a leitura da legislação é possível identificar que as portarias, normas e instrumentos criados pelo MEC, principalmente nos últimos dez anos, estiveram orientados para um maior controle da expansão e da fiscalização de estruturas utilizadas pelas instituições para oferta de EaD. Além disso, em documentos legais diferentes, foram instituídos parâmetros básicos para a oferta da EaD, seja parâmetros pedagógicos, administrativos ou acadêmicos, o que de certa forma, trouxe a tona os padrões mínimos de qualidade em educação a distancia.

BIBLIOGRAFIA

BRASIL. Decreto nº 5622, de 19 de dezembro de 2005. Regulamenta o Artigo 80 da Lei 9.394, de 20 de Dezembro de 1996, que Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União, Brasília, 20 dez. 2005.
BRENNAND, Edna G. de G. A reinvenção do Aprender: Criação e Cognição na Cultura Informática. INTERCOM -Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XXV Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Salvador/BA – 1 a 5 Set 2002. Disponível em http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2002/Congresso2002_Anais/2002_NP11BRENNAND.pdf. Acesso 20 de setembro de 2011
MARQUES, Camila. Ensino a Distância começou com as Cartas a Agricultores. Reportagem Folha on line, 2004. Disponível em http://1.folha.oul.com.br/folha/educação/ult305u16139.shtml. Acesso em 15 de setembro de 2011.
MATTAR, João. História Da Educação a Distância. Departamento de Extensão e Pós-Graduação. Anhanguera Educacional, 2011
MORAN, José Manuel. Fundamentos, políticas e legislação em EaD. Departamento de Extensão e Pós-Graduação. Anhanguera Educacional, 2011.
ROESLER, J. Os parâmetros legais para uma educação a distância de qualidade.
SEGENREICH, Stella Cecília Duarte. ProUni e UAB como estratégias de EAD na expansão do ensino superior. Pro-Posições, Campinas, v. 20, n. 2, ago. 2009 . Disponível em . acessos em 18 set. 2011.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Tarefa Disciplina: Fundamentos, Políticas e Legislação em EAD

Aqui estou eu, novamente.....nossa quanto tempo desde a última postagem.
Até gostaria de estar escrevendo mais, postando mais, entretanto, percebo o como é difícil a gestão do tempo.
De qualquer forma, conforme havia proposto inicialmente, quero ver se pelo menos as tarefas da Pós Graduação - Metodologias e Gestão para EaD, eu consigo ir postando por aqui e desta forma, além de construir um portfólio das tarefas, quem sabe, os textos possam ajudar alguém a refletir sobre a Educação a Distância seus desafios e enormes possibilidades.
A tarefa da aula 2- Fundamentos, Políticas e Legislação em EAD, ministrada pelo grande professor Moran é a construção de um texto sobre o Panorama da Educação a Distância no Brasil.
Comecei o meu trabalho e percebi que são tantas informações, leis, avanços e novos desafios que não consegui resumir, conforme a tarefa exige, em apenas 4 páginas.
Assim, aqui vou postar meu texto completo (abaixo) e para a entrega ao tutor vou tentar fazer um resumo.

PANORAMA DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO BRASIL

INTRODUÇÃO

Antes de começarmos nossa viagem pelos caminhos percorridos pela Educação a Distância no Brasil, percebemos ser essencial, primeiramente, determinarmos um conceito de Educação a distância que irá guiar a nossa pesquisa, pois quem se dispuser a estudar profundamente sobre o assunto, com certeza, encontrará uma infinidade de conceitos e definições. Escolhemos para este texto a definição dada a esta modalidade de ensino pelo artigo 1º. do Decreto Lei no. 5.622/2005, que regulamenta a EaD no Brasil:

caracteriza-se a educação a distância como modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos. (BRASIL, 2005).

Tendo como base este conceito, podemos afirmar que a Educação a Distância acontece quando professor e alunos desenvolvem atividades educativas estando separados fisicamente e a mediação didática-pedagógica se faz através da utilização dos meios de comunicação. Desta forma, descobrimos que a EaD se originou com ensino por correspondência, quando através da comunicação escrita, entre professor e aluno acontecia a aprendizagem. Portanto, ao longo deste estudo vamos percebendo que o avanço e as inovações nas telecomunicações e na informática, não só marcaram a evolução da Educação a distância, como também trouxeram novos desafios pedagógicos para as escolas e universidades, pois conforme alerta Moran (2011, pg. 4)

Numa sociedade cada vez mais conectada, ensinar e aprender podem ser feitos de forma muito mais flexível, ativa e focada no ritmo de cada um. As tecnologias móveis desafiam as instituições a sair do ensino tradicional, em que o professor é o centro, para uma aprendizagem mais participativa e integrada, com momentos presenciais e outros a distância, mantendo vínculos pessoais e afetivos, estando juntos conectados.

Sendo assim, para responder às demandas atuais da sociedade do conhecimento a educação necessita rever aspectos fundamentais dos seus fundamentos teórico-metodológicos e consequentemente “a educação a distância está se transformando, de uma modalidade complementar ou especial para situações específicas, em referência para uma mudança profunda na educação como um todo” (Moran, 2011)


HISTÓRICO
Pesquisando a evolução histórica da EaD no Brasil constatamos que a modalidade de ensino por correspondência aparece timidamente em 1904, ofertado por instituições privadas que ofereciam cursos profissionalizantes em áreas técnicas, sem exigência de escolarização anterior e se consolida concretamente com o início das atividades do Instituto Monitor (1934) e com o Instituto Universal Brasileiro (1939), sediado em São Paulo, com filiais no Rio de Janeiro e Brasília, oferecendo cursos de nível elementar e técnico por correspondência. O UIB formou milhões de pessoas e ainda hoje, possui dezenas de milhares de alunos.
Já, em ações de educação a distância através do rádio, devemos destacar a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, fundada pro Roquete- Pinto (1922-1925), num plano sistemático de utilização educacional da radiodifusão como forma de ampliar o acesso à educação. Marques (2004) relata que em 1947 o Senac e o Sesc com a colaboração de emissoras associadas, criaram a Nova Universidade do AR, cujo objetivo era oferecer cursos comerciais radiofônicos. A Universidade do Ar durou até 1961, mas a experiência do SENAC com EaD continua até hoje.
Com o advento da televisão no Brasil (década de 50), um meio de comunicação que combina audição, visão e emoção e desta forma facilita a aprendizagem do aluno, surgiram novas chances de transmitir conhecimento através da oferta de cursos a distância no modelo de tele educação, com aulas via satélite e complementadas com material impresso. Neste período cabe destacar o projetos como, Saci (1967), Projeto Minerva (1970), que capacitavam professores com formação apenas em magistério, e os telecursos como Teleducação ou Telecurso ofertados pela Fundação Roberto Marino, programas de educação supletiva a distância para 1º. e 2º. Graus. Em 2006, o nome do curso passou a ser Novo Telecurso e utiliza, até os dias atuais, além dos livros, vídeos e transmissão por televisão.
Mas, com as mudanças ocorridas nos últimos trinta anos, novos meios de comunicação entram para o cenário da educação, videocassetes, videodiscos, DVD (Digital Vídeo Disc) e a Tecnologia da infomação (TI) com os computadores pessoais e a Internet, impactando de forma definitiva as instituições e as estruturas de educação.
Conforme explica Brennand (2002, pg.4)
A informática permitiu o nascimento do cyberspace. Este novo movimento social que aglutina o mundo virtual vivo, heterogêneo e intotalizável de novas formas de comunicação interativa, recíproca, comunitária e intercomunitária (LÉVY, 1977). Diferentemente das tecnologias da comunicação como a imprensa, a TV , o telefone, o fax, o ciberespaço encarna um dispositivo original permitindo ao mesmo tempo a reciprocidade na comunicação e o compartilhamento de contextos.

Merece destaque nesta época, o programa Salto para o Futuro, canal educativo da Secretaria de Educação a Distância do Ministério da Educação como um marco na EaD nacional. Criado em 1991, o programa é interativo e utiliza diferentes mídias, como televisão, fax, telefone, material impresso e internet no debate de questões relacionadas à prática pedagógica e à pesquisa no campo da educação. Este se tornou referência para professores e educadores de todo o país.

Neste turbilhão de inovações voltadas para a tecnologias da informação e comunicação (TICs) se abrem fantásticas possibilidades educacionais e a EaD começa a se destacar enquanto modalidade de ensino, atendendo aos anseios da democratização e universalização do ensino e a atualização permanente de conhecimento. Por conseguinte, uma série de opções de estudo on-line foram criadas com base em diferentes modelos e plataformas. Segundo Moran (2011, pg. 07)

Hoje, há muitas opções diferentes de estudos on-line e caminhamos para termos ainda o on-line com muitas mais opções audiovisuais, interativas, fáceis de acessar e gerenciar e a custos bastante baixos. Temos os cursos on-line assíncronos, baseados em conteúdos prontos e algum grau de tutoria, em que os alunos se inscrevem a qualquer momento. Temos o mesmo tipo de cursos, com mais interação. Os alunos participam de grupos, de debates como parte das estratégias de aprendizagem. Combinam atividades individuais e de grupo e têm também uma
orientação mais permanente.

A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR

Segundo Mattar (2011) o início da oferta de cursos superiores a distância, com uso de material impresso surge timidamente em 1994 e toma impulso em 1996, com promulgação a Lei no. 9394/96 que inclui a Educação a Distância como integrante do sistema de educação formal, conforme determina em seu artigo 80:

O Poder Público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a distância, em todos os níveis e modalidades de ensino e de educação continuada.
1º A educação a distância, organizada com abertura e regime especiais, será oferecida por instituições especificamente credenciadas pela União.
2º A União regulamentará os requisitos para a realização de exames e registro de diploma relativo a cursos de educação a distância.
3º As normas para produção, controle e avaliação de programas de educação a distância e a autorização para sua implementação caberão aos respectivos sistemas de ensino, podendo haver cooperação e integração entre os diferentes sistemas.
4º A educação a distância gozará de tratamento diferenciado, que incluirá:
I – custos de transmissão reduzidos em canais comerciais de radiodifusão sonora e de sons e imagens;
II – concessão de canais com finalidades exclusivamente educativas. (BRASIL, 1996)

Mas, apenas em 1998 com os Decretos no. 2.494 e 2.561 e a Portaria no. 301 é que são criados os procedimentos que deveriam “ser adotados pelas instituições para obter o credenciamento do MEC para a oferta de cursos de graduação a distância” (Moran, 2011).

A LDBEN/1996 também trazia em seu texto a exigência do terceiro grau para todos os professores contratados para trabalhar no Ensino fundamental e Médio, desta forma, era preponderante neste período a presença de universidades públicas entre as instituições de Ensino superior credenciadas pelo MEC para EAD com cursos voltados para certificação de professores. Entretanto, segundo Segenreich (2009, pg. 02)

....enquanto se aguardava uma nova regulamentação, o número de instituições credenciadas para EAD cresceu 350% e os cursos de graduação a distância cresceram 310%. É importante registrar ainda que, mais precisamente em 2004, a oferta de vagas passou a ser, nesses cursos, predominantemente situada no setor privado.
Finalmente, essa modalidade de ensino teve sua Regulamentação Geral aprovada pelo Decreto n. 5.622, de 19 de dezembro de 2005 (Brasil, 2005a), atendendo ao prescrito no Art. 80 da LDBEN/1996. Nessa regulamentação
está englobada e sistematizada a maioria dos documentos legais emitidos desde a promulgação da LDBEN, com exceção da abertura à oferta de disciplinas semipresenciais ou a distância nos cursos regulares presenciais já reconhecidos pelo MEC.


Na tabela abaixo procurar resumir uma série de outras portarias, normas e leis foram criados pelo MEC de maneira a regulamentar a EaD:

Portaria 4.059/04 da oferta de 20% da carga horária dos cursos superiores na modalidade semi-presencial
Portaria 4.361/04 (que revoga a Portaria 301/98)
Decreto 5.622/05 regulamenta o artigo 80 da Lei 9.394 e revoga o Decreto 2.494/98
Decreto 5.773/06 dispõe sobre o exercício das funções de regulação, supervisão e avaliação de Instituições de Educação Superior e cursos superiores de graduação e sequenciais no Sistema Federal de Ensino
Portarias 01 e 02 (revogada) de 2007, tratam dos ciclos avaliativos do SINAES, do credenciamento de instituições para a oferta de EaD e do funcionamento dos polos de apoio presencial
Decreto 6.303/07, Altera dispositivos dos Decretos nos 5.622 e 5.773
Portaria 40/07 institui o e-MEC, sistema eletrônico de fluxo de trabalho e gerenciamento de informações relativas aos processos de regulação da Educação Superior no Sistema Federal de Educação
Portaria 10/09 Fixa critérios para dispensa de avaliação in loco e dá outras providências.



É necessário destacar que em 2006, através do Decreto 5.800 foi instituída a Universidade Aberta do Brasil, um sistema integrado por universidades públicas que oferece cursos de nível superior, principalmente na área de formação de professores, para camadas da população que têm dificuldade de acesso à formação universitária, por meio do uso da metodologia da educação a distância.
Em 2011 foi extinta a Secretaria de Educação a Distância (SEEd) e suas funções foram encampadas pela Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior.
CONCLUSÃO
Esta pequena e rápida viagem pela história da Educação a Distância no Brasil confirma a nossa suposição inicial de que esta modalidade de educação, além de ser uma alternativa para atender as exigências da educação ao longa da vida, também é uma boa opção para quem busca uma graduação ou especialização.
Segundo o Censo Ead.br, em 2008, 2,64 milhões de brasileiros estudaram por Educação a Distância e os dados do MEC de 2009 mostram que no fim de 2009, o ensino a distância contava com 11 instituições de Educação Superior.
A EaD entrou na agenda nacional através de vários debates fomentados principalmente pela Associação Brasileira de Educação a Distância, sociedade científica, criada em 1995, por um grupo de educadores interessados em educação a distância e em novas tecnologias de aprendizagem.
Entretanto, a instituição que pretende atuar nesta área, deve fazer um planejamento, pois além comprovar sustentabilidade financeira para tal, também deverá atender os parâmetros de qualidade (pedagógicos, administrativos ou acadêmicos ) instituídos pelos MEC através do documento Referencias de Qualidade para Educação Superior a Distância. Pois, conforme pontua Roesler (2011, pg 13)
Com a leitura da legislação é possível identificar que as portarias, normas e instrumentos criados pelo MEC, principalmente nos últimos dez anos, estiveram orientados para um maior controle da expansão e da fiscalização de estruturas utilizadas pelas instituições para oferta de EaD. Além disso, em documentos legais diferentes, foram instituídos parâmetros básicos para a oferta da EaD, seja parâmetros pedagógicos, administrativos ou acadêmicos, o que de certa forma, trouxe a tona os padrões mínimos de qualidade em educação a distancia.

BIBLIOGRAFIA

BRASIL. Decreto nº 5622, de 19 de dezembro de 2005. Regulamenta o Artigo 80 da Lei 9.394, de 20 de Dezembro de 1996, que Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União, Brasília, 20 dez. 2005.

BRENNAND, Edna G. de G. A reinvenção do Aprender: Criação e Cognição na Cultura Informática. INTERCOM -Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XXV Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Salvador/BA – 1 a 5 Set 2002
Disponível em http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2002/Congresso2002_Anais/2002_NP11BRENNAND.pdf. Acesso 20 de setembro de 2011

MARQUES, Camila. Ensino a Distância começou com as Cartas a Agricultores. Reportagem Folha on line, 2004. Disponível em http://1.folha.oul.com.br/folha/educação/ult305u16139.shtml. Acesso em 15 de setembro de 2011.

MATTAR, João. História Da Educação a Distância. Departamento de Extensão e Pós-Graduação. Anhanguera Educacional, 2011

MORAN, José Manuel. Fundamentos, políticas e legislação em EaD. Departamento de Extensão e Pós-Graduação. Anhanguera Educacional, 2011.

ROESLER, J. Os parâmetros legais para uma educação a distância de qualidade.




SEGENREICH, Stella Cecília Duarte. ProUni e UAB como estratégias de EAD na expansão do ensino superior. Pro-Posições, Campinas, v. 20, n. 2, ago. 2009 . Disponível em . acessos em 18 set. 2011.

sábado, 20 de agosto de 2011

FINALIZANDO A TAREFA

Finalizando, não as reflexões, pois pretendo continuar acompanhando os blogs, mas sim, a tarefa que tem prazo para envio, gostaria de salientar que o contínuo avanço das tecnologias da informação e comunicação permitem a interação com as pessoas, com outras realidades e com a informação, cabe a educação o grande desafio de aproveitar tudo isto e formar efetivas comunidades de aprendizagem. Para isto, será necessário não só o domínio das ferramentas da web, como também, sair do sistema de educação “bancária” e criar um ambiente colaborativo de aprendizagem, superando dificuldades não só pedagógicas como também comportamentais, já que o aluno deverá assumir o papel de aprendiz, sujeito ativo do processo, interagindo não só com o conteúdo, mas também com os colegas e com o professor, construindo e ajudando a construir conhecimentos. E o professor precisará aprender a deixar de ser mero transmissor de conhecimentos para se tornar facilitar de todo este processo. Todos deverão estar envolvidos num esforço de participação, partilha e construção conjunta do conhecimento
Só desta forma, professor e aluno assumindo novas posturas, será possível a construção do conhecimento em ambientes ativos e culturalmente ricos, afinal como destaca Figueiredo(2002, p. 2):

“Nos ambientes em rede, os alunos-nós-de-rede, membros de comunidades, sentem que a construção do seu conhecimento é uma aventura colectiva – uma aventura onde constróem os seus saberes, mas onde contribuem, também, para a construção dos saberes dos outros. E à medida que a aventura se renova, vão aprendendo que cada um vale, não apenas por si, mas pela forma como se relaciona com os outros – como com eles constrói o que nunca, ninguém, conseguiria construir sozinho. Vão aprendendo também que fazem parte, em simultâneo, de muitas comunidades, e que o que partilham com umas é, afinal, importante para o que partilham com as outras. Vão aprendendo que o seu próprio valor para uma comunidade depende, não apenas de si próprios, como seres isolados, mas também da forma como podem contribuir para ela pelo facto de pertencerem a outras”

Bibliografia:
FERNANDO, António Dias de. Redes e Educação: A Surpreendente Riqueza de um Conceito.In Conselho Nacional de Educação (2002), Redes de Aprendizagem, Redes de Conhecimento, Conselho Nacional de Educação, Ministério da Educação, ISBN: 972-8360-15-0, Lisboa, Maio de 2002.Disponível em http://eden.dei.uc.pt/~adf/cne2002.pdf - acesso dia 15/08/2011.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Discussões - blog - De Mattar

Outro blog que passei a seguir, e confesso que estou adorando, foi o do professor João Mattar, nosso professor autor do primeiro módulo da pós-graduação.
Comecei a interagir no blog a partir da indicação do filme Cibercultura o que muda na educação (http://blog.joaomattar.com/2011/07/11/cibercultura-o-que-muda-na-educacao/) um filme produzido pela TV Escola, no programa Salto para o futuro.

Este vídeo faz um resumo sobre o que muda na educação presencial e a distância na emergência da cibercultura. O vídeo veio complementar tudo aquilo que vimos nas primeiras aulas do curso da pós. E naquele espaço, acabamos discutindo e trocando idéias não só sobre as novas posturas do professor, mas também dos alunos frente as práticas de EaD mediadas por tecnologias digitais em rede.

Mas, a discussão que realmente “ateou fogo” no blog, foi sobre a campanha promovida pelo Conselho Federal do Serviço Social(CFESS) – Educação não é fast food, diga não para a graduação a distância em serviço social (http://blog.joaomattar.com/2011/08/02/por-que-eu-apoio-a-campanha-educacao-nao-e-fast-food/#comments), foram 54 comentários registrados.

Num texto claro, e conforme classificação de muitos colegas, sem romantismo, o professor João Mattar explicou porque apóia a campanha.
Achei a atitude do professor muito corajosa, porque como ele mesmo disse “ para uma pessoa que praticamente respira Ead o dia todo”, ele conseguiu manifestar a sua opinião de maneira imparcial, mostrando que acredita que é possível educar a distância, mas enumerou uma série de problemas na maneira como o EaD tem sido implementado no Brasil, tanto na iniciativa privada como também nas públicas.

Esta discussão, realmente mexeu muito comigo, e novamente, um profundo sentimento de inquietude tomou conta de mim, em vários da leitura, uma voz interior se manifestava: “já vivi este momento”, “conheço está história”... assim, não pude deixar de refletir sobre a minha prática como tutora e professora.

Outro artigo do professor João Mattar que gerou muitas discussões, tanto no seu blog ( http://blog.joaomattar.com/2011/08/02/web-20-e-redes-sociais-na-educacao-a-distancia-cases-no-brasil/), como também no blog da professora Ana Beatriz (http://anabeatrizgomes.blogspot.com/2011/08/artigo-do-joao-mattar-na-revista-da-oea.html) foi o artigo WEB 2.0 E REDES SOCIAIS NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA – CASES NO BRASIL.
Só para vocês terem uma idéia, da última vez que passei por eles, já eram 57 postagens no blog da professora Ana e 25 no blog do Mattar.
O artigo traz o quanto é inadequado o formato CDWT – conteudista + Designer instrucional + web designer + tutor, marca da maioria dos modelos de EaD adotados no Brasil e defende a idéia de modelos voltados para o “aututor” e “Personal Learning Environmentes – PLEs) construídos tendo como base teorias como o construtivismo e conectivismo.

Outro artigo que achei bem interessante foi o artigo indicado pelo prof. Mattar – AS REDES SOCIAIS COMO ARTEFATO TECNOLÓGICO NA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO COLETIVO ENTRE PROFESSORES – produção do professor Carlos Valente. Neste artigo, o professor Carlos relata a experiência do uso de um programa, com as principais características de um software de Rede social, usado para interação entre professores de matemática de várias regiões geográficas. Estas interações visam a criação de um ROTEIRO, que é construído de forma colaborativa e cooperativa, com a finalidade comum de desenvolver problemas de reflexão que possam ser aplicados em salas de aulas presenciais.
Destaco este artigo, e até indiquei para os colegas de turma da pós-graduação, porque penso ser muito importante que nós, professores, aprendamos a construir colaborativamente, espaços virtuais (blogs, redes sociais ou outras ferramentas) onde possamos fazer trocas de informações, idéias, inquietações, projetos e conhecimento de atividades relacionadas as nossa práticas didático-pedagógicas. Através destas trocas, envolvendo professores de diferentes localizações geográficas, estaríamos criando uma Comunidade de Prática virtual onde será possível re-significar o processo educativo enfim um espaço rico para a construção do conhecimento.


domingo, 14 de agosto de 2011

Discussões blog - Políticas de Educação a Distância e Formação de Professores (Simone Medeiros)

No blog do professora Simone Medeiros participei das discussões sobre um artigo publicado pela professora na Revista Educação em Perspectiva, “ Docência (e formação docente) na educação a distância: notas para a reflexão” (http://porsimonemedeiros.blogspot.com/2011/07/docencia-e-formacao-docente-na-educacao.html#comments )
Logo ao iniciarmos a leitura do artigo nos deparamos com uma série de perguntas:
“Afinal, há docência (e formação docente) na educação a distância? Quem é o docente na educação a distância? A tutoria se reconhe¬ce e é reconhecida como docência? Quem ensina na educação a distância?” estas perguntas nos levaram a refletir, novamente, sobre as questões voltadas para a formação do docente para e pela Ead, como também sobre os modelos fordista e pós-fordista de educação a distância que fragmentam em várias outras funções a função docente, tornando difícil a identificação de quem é que realmente ensina no sistema Ead. Neste contexto, o tutor é reduzido a mero “animador”, “conselheiro” e/ou administrador dos processos de ensino.
Após a leitura e as discussões com os colegas ficou bem claro para mim que as possibilidades do EaD e do uso das novas TICs na educação realmente são extraordinárias , entretanto ainda é preciso muito luta em prol da defesa da verdadeira docência e da educação de qualidade.

Discussões blog - Educação a Distância - Profa. Ana Beatriz Gomes

Caso contrário,se não buscarmos atualização e capacitação, ficaremos como a charge do blog da professora Ana Beatriz Gomes (http://anabeatrizgomes.blogspot.com/2011/07/fonte-blog-byte-que-eu-gosto.html), “NATIVOS DIGITAIS”.

Fonte: Blog Byte que eu gosto

Nas discussões sobre esta figura, eu e os outros colegas pudemos chegar a conclusão que é urgente a necessidade da qualificação dos professores para trabalhar com as novas tecnologias em sala de aula, pois para atingir esta nova geração que cresce, convive, estuda e trabalha em rede será necessário definir novos processos de ensino-aprendizagem, isto significa que o professor precisa além de dominar as variadas tecnologias também necessita ter uma noção bem clara de seu potencial educativo, tanto para si como para seus alunos.