PARA INÍCIO DE CONVERSA

Gostaria de começar as discussões no meu blog, justificando a escolha do painel de fundo. Não sei se os leitores deste texto sabem, mas o nome deste painel é “viagem”. Assim ao abri-lo e encontrar as figuras que o compõem não pude deixar de pensar, que neste momento, em que estou cursando uma pós-graduação a distância em Metodologias e Gestão da Educação a Distância, estudando e aprendendo sobre a história e as gerações do Ead, este painel se encaixava perfeitamente como pano de fundo de um momento passado da comunicação e também da segunda geração do Ensino a Distância, que se caracterizava pela utilização das mídias como televisão, rádio, fitas de áudio e vídeo e telefone.

Na pintura podemos perceber uma televisão, por sinal, um modelo bem antigo, e o telefone então nem se fala, mas até bem pouco tempo atrás estes eram os equipamentos que permitiam a comunicação, a troca de informações, isto é, falar com quem estava distante de nós, ver e escutar os acontecimentos do mundo. Entretanto, com as mudanças ocorridas nos últimos 20 anos e o incrível avanço das tecnologias e dos meios de comunicação, cada vez mais rápidas e integradas, percebemos que nada mais será como antes.

Com uso intensivo das novas TICs, as tecnologia da informação e comunicação, em todos os setores e atividades da sociedade, passamos a viver em uma sociedade mundial interconectada de forma global e em tempo real, e assim, com a imensa expansão de dados e informações, somos desafiados a passar da sociedade da informação para a sociedade do conhecimento, impondo a educação permanente e continuada.

Diante desta necessidade de aprendizagem contínua e com o crescimento explosivo da internet, criações como o e-mail, chat, fóruns, comunidades virtuais revolucionam os relacionamentos humanos e marcam uma nova fase do Ensino a distância.

Na aula dois (2) da pós-graduação fomos levamos, pelo professor Mattar, a uma viagem pela história do Ead, do curso por correspondência ao EaD on line e ao término desta viagem, ficou a sensação de ser parte integrante desta história, pois como aluna, vivencie todos estes momentos.

Para que o leitor possa entender melhor está minha identificação com a evolução do EaD, tomo a liberdade de contar um pouco da minha experiência como aluna na educação a distância. Quando vim morar no Mato Grosso, no ano de 1982, a questão da comunicação era bem complicada, imaginem que para poder falar com minha mãe, que morava em SP, eu precisava usar um rádio, pois na fazenda não existia telefone. Mas, o tempo foi passando e quanta coisa mudou, as novas tecnologias possibilitaram a comunicação mais rápida e com o mundo, além de nos oferecerem oportunidades maravilhosos de crescimento e conhecimento. Então, em 2009, cursei a pós-graduação em Supervisão Escolar oferecida pela UFRJ à distância, só que naquela época, todo o material impresso era enviado pelo correio, as dúvidas eram tiradas com os professores por fax ou telefone e as provas presencias eram feitas nas instalações do 18º. Grupo de Artilharia de Campanha (GAC) de Rondonópolis.

Sempre em busca de novos cursos e de aprendizagem fiz alguns cursos livres via internet na Fundação Getulio Vargas e pude sentir que a apropriação de novas mídias e novas tecnologias de informação e comunicação, proporcionaram novas potencialidades no cenário do EaD e também novos desafios tanto para os professores como também para os alunos.

No ano passado cursei uma pós-graduação oferecida pela Anhanguera Educacional em Metodologia do Ensino Superior e no começo de 2011 fiz um curso sobre Gestão de Resíduos Sólidos pelo CENED, ambos totalmente a distância, além de três cursos de formação para tutores.

Hoje, além de professora no curso presencial, desde 2010, tenho a oportunidade de ser tutora de algumas disciplinas oferecidas à distância e agora, aqui estou eu fazendo este novo curso de pós em Metodologias e Gestão para a Educação a distância. E não só com as leituras do material do módulo I, mas principalmente, seguindo os blogs que tratam de temas relacionados a EaD, tarefa Desafio de Aprendizagem do curso, muito bem elaborado pelo professor autor João Mattar, é que pude sentir os grandes desafios que ainda teremos que enfrentar na busca de ensinar e aprender com qualidade.

Mas, não adianta temer, ou estagnar diante do novo, do diferente, pois ao abraçarmos a vida como professores já sabíamos que fazer educação exigiria aprendizagem contínua, e se antes da tecnologia isto já era fundamental, hoje com o desenvolvimento das novas formas de comunicação transversais, interativas e cooperativas, em tempos de cibercultura, além do conhecimento sobre as novas tecnologias, será necessário que o professor entenda como integrar tudo isto na sua prática pedagógica.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Discussões - blog - De Mattar

Outro blog que passei a seguir, e confesso que estou adorando, foi o do professor João Mattar, nosso professor autor do primeiro módulo da pós-graduação.
Comecei a interagir no blog a partir da indicação do filme Cibercultura o que muda na educação (http://blog.joaomattar.com/2011/07/11/cibercultura-o-que-muda-na-educacao/) um filme produzido pela TV Escola, no programa Salto para o futuro.

Este vídeo faz um resumo sobre o que muda na educação presencial e a distância na emergência da cibercultura. O vídeo veio complementar tudo aquilo que vimos nas primeiras aulas do curso da pós. E naquele espaço, acabamos discutindo e trocando idéias não só sobre as novas posturas do professor, mas também dos alunos frente as práticas de EaD mediadas por tecnologias digitais em rede.

Mas, a discussão que realmente “ateou fogo” no blog, foi sobre a campanha promovida pelo Conselho Federal do Serviço Social(CFESS) – Educação não é fast food, diga não para a graduação a distância em serviço social (http://blog.joaomattar.com/2011/08/02/por-que-eu-apoio-a-campanha-educacao-nao-e-fast-food/#comments), foram 54 comentários registrados.

Num texto claro, e conforme classificação de muitos colegas, sem romantismo, o professor João Mattar explicou porque apóia a campanha.
Achei a atitude do professor muito corajosa, porque como ele mesmo disse “ para uma pessoa que praticamente respira Ead o dia todo”, ele conseguiu manifestar a sua opinião de maneira imparcial, mostrando que acredita que é possível educar a distância, mas enumerou uma série de problemas na maneira como o EaD tem sido implementado no Brasil, tanto na iniciativa privada como também nas públicas.

Esta discussão, realmente mexeu muito comigo, e novamente, um profundo sentimento de inquietude tomou conta de mim, em vários da leitura, uma voz interior se manifestava: “já vivi este momento”, “conheço está história”... assim, não pude deixar de refletir sobre a minha prática como tutora e professora.

Outro artigo do professor João Mattar que gerou muitas discussões, tanto no seu blog ( http://blog.joaomattar.com/2011/08/02/web-20-e-redes-sociais-na-educacao-a-distancia-cases-no-brasil/), como também no blog da professora Ana Beatriz (http://anabeatrizgomes.blogspot.com/2011/08/artigo-do-joao-mattar-na-revista-da-oea.html) foi o artigo WEB 2.0 E REDES SOCIAIS NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA – CASES NO BRASIL.
Só para vocês terem uma idéia, da última vez que passei por eles, já eram 57 postagens no blog da professora Ana e 25 no blog do Mattar.
O artigo traz o quanto é inadequado o formato CDWT – conteudista + Designer instrucional + web designer + tutor, marca da maioria dos modelos de EaD adotados no Brasil e defende a idéia de modelos voltados para o “aututor” e “Personal Learning Environmentes – PLEs) construídos tendo como base teorias como o construtivismo e conectivismo.

Outro artigo que achei bem interessante foi o artigo indicado pelo prof. Mattar – AS REDES SOCIAIS COMO ARTEFATO TECNOLÓGICO NA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO COLETIVO ENTRE PROFESSORES – produção do professor Carlos Valente. Neste artigo, o professor Carlos relata a experiência do uso de um programa, com as principais características de um software de Rede social, usado para interação entre professores de matemática de várias regiões geográficas. Estas interações visam a criação de um ROTEIRO, que é construído de forma colaborativa e cooperativa, com a finalidade comum de desenvolver problemas de reflexão que possam ser aplicados em salas de aulas presenciais.
Destaco este artigo, e até indiquei para os colegas de turma da pós-graduação, porque penso ser muito importante que nós, professores, aprendamos a construir colaborativamente, espaços virtuais (blogs, redes sociais ou outras ferramentas) onde possamos fazer trocas de informações, idéias, inquietações, projetos e conhecimento de atividades relacionadas as nossa práticas didático-pedagógicas. Através destas trocas, envolvendo professores de diferentes localizações geográficas, estaríamos criando uma Comunidade de Prática virtual onde será possível re-significar o processo educativo enfim um espaço rico para a construção do conhecimento.


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